Fiquem firmes!
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
43 MILHÕES DE CRENTES??? CRENTES DO QUÊ???
PORQUE, SENDO 43 MILHOES DE "CRENTES", NAO CAUSAMOS O IMPACTO QUE DEVERIAMOS, EM NOSSA SOCIEDADE?
PORQUE 43 MILHOES DE LAMPADAS, BRILHAM TAO POUCO E AS TREVAS CRESCEM?
1. Recebemos um Evangelho so de coração, sem mente. Um Evangelho que meche com as emoções e nao muda a forma de pensar. (Rm. 12:1.2)
2. Estabelecemos como "novo convertido" aquele que deixou de fumar, beber, jogar, e praticar pecados de ordem sexual.
3. A conversao, o novo nascimento é: Mudança de Carater, Mudança de Comportamento, Mudança nos Relacionamentos, Mudança na forma de administrar o dinheiro, Mudança no comportamento da vida familiar, Mudança no falar, Mudança como patrao e como funcionario, Mudança como vizinho, Mudança na escolha dos candidatos a politica.
Convertidos emocionais? Convertidos a uma ideia (diante do trono)? Convertidos a um modelo de igreja (igreja com proposito, igreja em celulas, igrejas com missoes, igreja com danças, igrejas com predios sofisticados, igrejas com berçarios de primeiro mundo, igrejas com boa musica, igrejas com otimos pregadores, igrejas com otima organização, igrejas com otimo trabalho com crianças, igrejas que adotam animais (ja tem em SP), igrejas sem estrutura, igrejas estruturadas, igrejas denominacionais, igrejas nao denominacionais, e sabe Deus o que mais.
Embora algumas destas questoes sejam Biblicas e necessarias a vida da igreja, a conversao de um individuo, nao pode ser ao sistema, mas a Cristo Jesus e somente Ele deve ser a atração a um coração perdido.
4. Que conversao é essa que os maridos trocam de esposa e a esposa troca de marido e ainda afirma que "foi da vontade de Deus", qual deus? O Deus da Biblia? Qual Biblia esse pessoal esta lendo?
Um conversao genuina, nao muda apenas pessoas, muda uma sociedade, muda a cosmovisao, muda as crenças, muda os conceitos.
O que fazer?
Cada um deve perguntar a Deus: Senhor minhas crenças sao Biblicas? Minhas crenças tem um cosmovisao das Escrituras? A Palavra de Deus é o fundamento para tudo que faço?
Certamente seremos incomodados pelo Espirito Santo de Deus sobre os conceitos denominacionais e religiosos que abrcamos, porem nunca foram ensinados por Jesus Cristo, nosso Senhor.
Vamos com coragem mudar o que preciso , a começar de cada um de nos, tomemos posição e sem temor, vamos Avante.
Josué Martins (Achei esse texto bom, mas fiz algumas correções que considerei pertinentes, ou seja, o texto não está na integra ^^)
PORQUE 43 MILHOES DE LAMPADAS, BRILHAM TAO POUCO E AS TREVAS CRESCEM?
1. Recebemos um Evangelho so de coração, sem mente. Um Evangelho que meche com as emoções e nao muda a forma de pensar. (Rm. 12:1.2)
2. Estabelecemos como "novo convertido" aquele que deixou de fumar, beber, jogar, e praticar pecados de ordem sexual.
3. A conversao, o novo nascimento é: Mudança de Carater, Mudança de Comportamento, Mudança nos Relacionamentos, Mudança na forma de administrar o dinheiro, Mudança no comportamento da vida familiar, Mudança no falar, Mudança como patrao e como funcionario, Mudança como vizinho, Mudança na escolha dos candidatos a politica.
Convertidos emocionais? Convertidos a uma ideia (diante do trono)? Convertidos a um modelo de igreja (igreja com proposito, igreja em celulas, igrejas com missoes, igreja com danças, igrejas com predios sofisticados, igrejas com berçarios de primeiro mundo, igrejas com boa musica, igrejas com otimos pregadores, igrejas com otima organização, igrejas com otimo trabalho com crianças, igrejas que adotam animais (ja tem em SP), igrejas sem estrutura, igrejas estruturadas, igrejas denominacionais, igrejas nao denominacionais, e sabe Deus o que mais.
Embora algumas destas questoes sejam Biblicas e necessarias a vida da igreja, a conversao de um individuo, nao pode ser ao sistema, mas a Cristo Jesus e somente Ele deve ser a atração a um coração perdido.
4. Que conversao é essa que os maridos trocam de esposa e a esposa troca de marido e ainda afirma que "foi da vontade de Deus", qual deus? O Deus da Biblia? Qual Biblia esse pessoal esta lendo?
Um conversao genuina, nao muda apenas pessoas, muda uma sociedade, muda a cosmovisao, muda as crenças, muda os conceitos.
O que fazer?
Cada um deve perguntar a Deus: Senhor minhas crenças sao Biblicas? Minhas crenças tem um cosmovisao das Escrituras? A Palavra de Deus é o fundamento para tudo que faço?
Certamente seremos incomodados pelo Espirito Santo de Deus sobre os conceitos denominacionais e religiosos que abrcamos, porem nunca foram ensinados por Jesus Cristo, nosso Senhor.
Vamos com coragem mudar o que preciso , a começar de cada um de nos, tomemos posição e sem temor, vamos Avante.
Josué Martins (Achei esse texto bom, mas fiz algumas correções que considerei pertinentes, ou seja, o texto não está na integra ^^)
sábado, 23 de abril de 2011
Igrejas Mundanas Grandes Negócios!
Em tempo de cantatas e encenações me veio à mente o seguinte vídeo:
terça-feira, 19 de abril de 2011
O Amor de Deus pelos Seus eleitos
Quando falamos do amor de Deus, devemos falar sobre Sua relação com os Seus eleitos, pois é nesta relação que a maior expressão de amor nos é manifestada. São somente estes que experimentam a plenitude de Seu amor, separados antes da fundação do mundo para receberem Sua graça, Sua misericórdia, Seus dons e todos os benefícios através de Cristo Jesus, fazendo assim com que Ele ame-se a Si mesmo em nós. Isso é muito importante, não há nada em nós mesmos que o faça nos amar.
Ele também não nos ama simplesmente por sermos suas criaturas, mas o Seu amor é derramado sobre nós por Seus eternos propósitos, com o objetivo principal de ser Glorificado. Para alguns essa idéia é egocêntrica, mas Deus não poderia dar maior presente aos Seus filhos senão esse: o de ser glorificado neles. Assim, nosso Deus nos revela a eternidade de Seu amor, pois este não depende de Suas criaturas, muito menos das obras deles, mas somente de Si mesmo para existir, sendo eternó nas Pessoas da Trindade.
Assim, nós, Seus eleitos, podemos nos acalmar, pois não estamos firmados em força humana, mas no grandioso amor de Deus, o qual nada poderá nos separar:
Romanos 8:35-39 Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. (ACF)
O que seria de nós se dependêssemos de nosso querer ou de nossas próprias forças? Quão desastroso seria nosso futuro! Mas graças a esse soberano amor, não estamos mais nas trevas, pois Ele nos trouxe para luz:
Efésios 2:4-5 Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), (ACF)
Logo, se esse amor não depende de nós, mas de Deus, podemos estar certos de que nunca o perderemos, e que nunca seremos abandonados e nunca nos desviaremos de Nosso Senhor, pois:
Jeremias 31:31-34 Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o SENHOR. Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao SENHOR; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados. (ACF)
Assim, todos os santos e fiéis em Cristo Jesus, podem se alegrar independente de suas dificuldades, perseguições, injúrias e de tudo que os aflija, pois se temos tudo de mais precioso, e que nunca se desfará, do que poderemos ainda nos queixar?
Lucas R. Lourenço
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Deus odeia o pecado e odeia pecadores também!
Atualmente a frase “Deus odeia o pecado, mas ama os pecadores” é muito comum no meio evangélico, como também fora desse meio. Mas principalmente no meio evangélico, é esperado que haja uma fundamentação bíblica sobre qualquer tema. Nesse ponto, encontramos mais uma prova de que muitos dos que se dizem protestantes se esqueceram totalmente de sua origem, deixando de lado o Sola Scriptura (Somente a Palavra), tão importante para impedir que a igreja se desvie dos fundamentos dos apóstolos, fazendo suas experiências e achismos superiores a Palavra de Deus, e desprezando a leitura, o estudo e aqueles que estudam as Escrituras. Por esta causa, hoje em dia, estes tem escolhido o seu deus numa vasta prateleira, tendo deuses para todos os gostos, um verdadeiro “shopping teológico”. Devido a isto, muitas vezes ouço alguém dizer: “Amo a Deus”, mas ao conversar alguns poucos minutos, apresentando-lhe o Deus das Escrituras, me deparo com “Esse não é o meu Deus”. Sendo que muitos desses freqüentam igrejas evangélicas há muitos anos, dentre os quais, alguns até formados em teologia.
É lastimável ver a que ponto chegamos, onde não há mais valorização pelo conhecimento de Deus nem mesmo na maioria dos seminários, onde deveríamos encontrar aqueles que se fatigam na Palavra. Por isso encontramos frases como essas, enraizadas de tal forma, que alguns chegam a dizer que estas se encontram nas Escrituras. Portanto me dedicarei agora em refletir, especificamente, sobre a frase encontrada no início deste texto.
Hebreus 1:8-9
Mas, do Filho, diz: O Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus companheiros. (ACF)
Nestes versículos fica evidente que a primeira parte da frase, ou seja, “Deus odeia o pecado” é bíblica. No entanto, em relação a segunda parte temos:
Provérbios 6:16-19
Estas seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, O coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos. (ACF)
Aqui, já podemos notar claramente que Deus odeia a testemunha falsa e sua alma abomina aqueles que semeiam contendas entre irmãos. A seguir temos outros textos que mostram a mesma idéia:
Salmos 11:5
O SENHOR prova o justo; porém ao ímpio e ao que ama a violência odeia a sua alma. (ACF)
Salmos 5:3-5
Pela manhã ouvirás a minha voz, ó SENHOR; pela manhã apresentarei a ti a minha oração, e vigiarei. Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal. Os loucos não pararão à tua vista; odeias a todos os que praticam a maldade. (ACF)
Além disso, vemos que um tipo de ódio perfeito é apresentado como algo louvável nas Escrituras:
Salmos 139:21-22
Não odeio eu, ó SENHOR, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos. (ACF)
Ainda mais, o Amor e o Ódio de Deus dependem de sua eterna eleição:
Romanos 9:10-13
E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai; Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), Foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú. (ACF)
Logo, temos que a segunda parte da frase deve receber um certo cuidado para estar de acordo com as Escrituras, pois não podemos dizer que Deus ama todos os pecadores sem exceção, pois Deus não ama a todos os pecadores, mas somente os seus eleitos, mesmo quando estes ainda são pecadores:
Efésios 2:4-5
Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), (ACF)
Portanto Deus ama os eleitos e odeia os “preparados para a perdição” (Rm 9:22), assim como Deus amou a Jacó e odiou a Esaú. Por mais difícil que seja essa idéia de ser aceita, ela deve ser aceita por ser bíblica, e não somente isso, ela nos deve nos levar a adorar a Deus, pois este é o Verdadeiro Deus. Mas os ímpios odiarão essa verdade, pois eles se levantam contra Cristo e a tudo que se chama Deus.
Sabemos também que há um outro tipo de amor, onde Deus é bondoso para com todos, fazendo cair sobre todos, tanto a chuva como o sol. Mas esse amor será discutido em outro post.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
JESUS MORREU POR TODOS?
Teologia Sistemática de Louis Berkof traduzida por Odayr Olivetti. Campinas: Luz Para o Caminho, 1990
EXPOSIÇÃO DA POSIÇÃO REFORMADA (CALVINISTA). A posição reformada é que Cristo morreu com o propósito de real e seguramente salvar os eleitos, e somente os eleitos. Isto equivale a dizer que Ele morreu com o propósito de salvar somente aqueles a quem Ele de fato aplica os benefícios da Sua obra redentora.
COMPROVAÇÃO DA DOUTRINA DE UMA EXPIAÇÃO LIMITADA. Oferecem-se as seguintes provas de uma expiação particular.
a. Pode-se estabelecer, primeiramente, como princípio geral, que os desígnios de Deus sempre são seguramente eficazes e não podem ser frustrados pelas ações do homem. Isto se aplica também ao propósito divino de salvar os homens por intermédio da morte de nosso Senhor Jesus Cristo. Se fosse Sua intenção salvar todos os homens, este propósito não poderia ser frustrado pela incredulidade do homem. Admite-se por todos os lados que são os salvos pecadores em número limitado. Conseqüentemente, estes são os únicos que Deus determinou-se a salvar.
b. A Escritura qualifica repetidamente aqueles pelos quais Cristo entregou Sua vida de tal maneira que indica uma limitação muito definida. Aqueles por quem Ele sofreu e morreu são variadamente chamados Sua “ovelhas”, “minhas ovelhas”, Jo 10.11, 15.26; Sua “igreja”, At 20.28; Ef 5.25-27; “o seu povo”, Mt 1.21; e “os eleitos”, Rm 8.32-35.
c. A obra sacrificial de Cristo e Sua obra intercessória são simplesmente dois aspectos diferentes da Sua obra expiatória e, portanto, o alcance de uma não pode ser mais amplo que o da outra. Ora, Cristo limita mui definidamente a Sua obra intercessória, quando diz: “não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus”, Jo 17.9. Por que limitaria Ele a Sua oração intercessória, se de fato pagou o preço por todos?
d. Deve-se notar também que a doutrina segundo a qual Cristo morreu com o propósito de salvar todos os homens leva logicamente ao universalismo absoluto, isto é, à doutrina que afirma que todos os homens são salvos de fato. É impossível que aqueles por quem Cristo pagou o preço, cuja culpa Ele removeu, se percam por causa dessa culpa. Os arminianos não podem parar no meio do caminho, mas devem ir até ao fim.
e. Se se disser, como alguns dizem, que a expiação foi universal, mas que a aplicação dela é particular; que Cristo tornou a salvação possível para todos, mas de fato salva apenas um limitado número de pecadores, dever-se-á mostrar que há uma inseparável ligação entre a aquisição e a real dádiva da salvação. A Bíblia ensina claramente que a finalidade e o efeito da obra expiatória de Cristo não consistem apenas em tornar possível a salvação, mas, sim, em reconciliar Deus com o homem e dar aos homens efetiva posse da salvação eterna, uma salvação que muitos não conseguem obter, Mt 18.11; Rm 5.10; 2 Co 5.21; Gl 1.4; 3 13; Ef 1.7.
f. E se for feita a asserção de que o propósito de Deus e de Cristo foi evidentemente condicional, dependendo da fé e da obediência do homem, dever-se-á chamar a atenção para o fato de que a Bíblia ensina com clareza que Cristo, com a Sua morte, adquiriu a fé, o arrependimento e todos os demais efeitos da obra do Espírito Santo, a favor do Seu povo. Conseqüentemente, estas não são as indicações cujo atendimento depende simplesmente da vontade do homem. A expiação também assegura o cumprimento das condições que precisam ser satisfeitas, para a obtenção da salvação, Rm 2,4; Gl 3.13,14; Ef 1.3, 4; 2.8; Fp 1.29; 2 Tm 3.5, 6.
4. OBJEÇÕES À DOUTRINA DE UMA EXPIAÇÃO LIMITADA. Estas podem ser classificadas como segue:
a. Há passagens que ensinam que Cristo morreu pelo mundo, Jo 1.29; 3.16; 6.33, 51; rm 11.12, 15; 2 Co 5.19; 1 Jo 2.2. A objeção baseada nessas passagens parte do infundado pressuposto de que a palavra “mundo, como é empregada nelas, significa “todos os indivíduos que constituem a raça humana”. Não fora assim, a objeção baseada nelas não teria razão de ser. Mas é mais que evidente na Escritura que o vocábulo mundo tem vários sentidos, como uma simples leitura das seguintes passagens o comprovará conclusivamente: Lc 2,1; Jo 1.10; At 11.28; 19.27; 24.5; Rm 1.8; Cl 1.6. Também se vê que, quando é empregado com referência aos homens, nem sempre inclui todos os homens, nem sempre inclui todos os homens, Jo 7.4; 12, 19; 14.22; 18.20; Rm 11.12, 15; nalgumas destas passagens não há a menor possibilidade de que ele fale de todos os homens. Se tivesse este sentido em Jo 6.33, 51, seguir-se-ia que Cristo de fato dá vida a todos os homens, isto é, salva-os a todos. Isto vai além do que os próprios opositores crêem. Em Rm 11.12, 15, a palavra “mundo” não pode ser totalmente inclusiva, visto que o contexto exclui claramente a Israel; e porque, com base nessa suposição, estas passagens provariam mais do que se pretende, a saber, que os frutos da obra expiatória de Cristo são de fato aplicados a todos. Contudo, vemos nestas passagens uma indicação do fato de que a palavra “mundo” às vezes é empregada para indicar que o particularismo veterotestamentário pertence ao passado e abriu caminho para o universalismo neotestamentário. As bênçãos do Evangelho foram estendidas a todas as nações, Mt 24.14; Mc 16.16; Rm 1.5; 10.18. Esta é provavelmente a chave para a interpretação da palavra “mundo” em passagens como Jo 1.29; 6.33, 51; 2 Co 5.19; 1 Jo 2.2. O dr. Shedd supõe que a palavra significa “todas as nações” em passagens ela indica o mundo dos crentes, ou a igreja, Jo 6.33, 51; Rm 4.13; 11.12, 15. Kuyper e van Andel também supõem que é este o sentido da palavra nalgumas passagens.
b. Estreitamente relacionadas com as passagens a que nos referimos no item anterior estão aquelas nas quais se diz que Cristo morreu por todos os homens, Rm 5.18; 1 Co 15.22; 2 Co 5.14; 1 Tm 2.4, 6; Tt 2.11; Hb 2.9; 2 Pe 3.9. naturalmente, cada uma destas passagens deve ser analisada no contexto em que se encontra. Por exemplo, o contexto mostra claramente que as expressões “todos os homens” e “todos” em Rm 5.18 e 1 Co 15.22 incluem somente os que estão em Cristo, em contraste com todos os que estão em Adão. Se a palavra “todos” nestas passagens não foi interpretada num sentido limitado, elas ensinarão, não apenas que Cristo tornou a salvação possível para todos os homens, mas, sim, que Ele de fato salva todos, sem exceção. Assim, o arminianismo será empurrado para o campo do universalismo extremo, onde ele não deseja estar. Uma limitação semelhante deve ser aplicada à interpretação de 2 Co 5.14 e Hb 2.9, cf. versículo 10. Doutra sorte, elas provariam demais, e, portanto, não provariam nada. Em todas estas passagens a expressão “todos” refere-se simplesmente a todos os que estão e Cristo. No caso de Tt 2.11, que fala da manifestação da graça de Deus, “salvadora a todos os homens”, o contexto mostra claramente que a expressão “todos os homens” realmente significa todas as classes de homens. Se a palavra “todos” não é restrita, esta passagem também ensina a salvação universal. As passagens de 1 Tm 2.4-6; Hb 2.9; 2 Pe 3.9 referem-se à vontade revelada de Deus de que os judeus e gentios seriam salvos, mas nada implicam quanto à intenção universal da expiação. Mesmo Moisés Stuart, que crê na expiação universal, admite que, nestes casos, a palavra “todos” não pode ser entendida no sentido universal.
c. Uma terceira classe de passagens que parecem militar contra a idéia de uma expiação limitada consiste daquelas que, segundo dizem, implicam a possibilidade de que àqueles por quem Cristo morreu deixam de obter a salvação. Rm 14.15 e a passagem paralela de 1 Co 8.11 podem ser mencionadas primeiro. Alguns comentadores são de opinião que estas passagens não se referem à destruição eterna, mas é mais provável que sim. O apóstolo simplesmente quer pôr em relevo o comportamento descaridoso de alguns dos mais fortes irmãos da igreja. Eles se mostravam bem capazes de ofender os irmãos da igreja. Eles se mostravam bem capazes de ofender os irmãos mais fracos, fazê-los tropeçar, passar por cima das suas consciências e, assim, fazê-los entrar pelo caminho descendente, cujo resultado natural havendo continuidade, seria a destruição. Conquanto Cristo tivesse pago o preço de Sua vida para salvar tais perdidos, eles, por sua conduta, tendiam a destruí-las. Rm 14.4 mostra que não ocorreria essa destruição; pela graça de Deus, elas seriam preservadas. Temos, então, aqui, como o dr. Shedd o expressa, “uma suposição, à guisa de argumento, de alguma coisa que não pode acontecer”, justamente como em 1 Co 13.1-3; Gl 1.8. outra passagem um tanto parecida acha-se em 2 Pe 2.1, com a qual também se pode classificar Hb 10.29. A explicação mais plausível destas passagens é a que foi dada por Smeaton, como interpretação de Piscator e das anotações dos holandeses, a saber, ‘que estes falsos mestres soa descritos de acordo com a sua própria declaração e com o critério da caridade. Eles se apresentavam como redimidos, e assim foram considerados pelo juízo da igreja, enquanto permaneceram em sua comunhão”.
d. Finalmente, há uma objeção derivada da oferta bona fide da salvação (oferta de boa fé). Cremos que Deus “não dissimuladamente”, isto é, sinceramente ou com boa fé chama a todos os que estão vivendo sob o Evangelho para crerem e lhes oferece a salvação mediante a fé e o arrependimento. Ora, os arminianos afirmam que tal oferta da salvação não pode ser feita por aqueles que crêem que Cristo morreu somente pelos eleitos. Esta objeção já foi levantada por ocasião do Sínodo de Dort, mas a sua validade não foi admitida como uma coisa comprovada. Pode-se fazer as seguintes observações em réplica a esta objeção: (1) A oferta da salvação mediante a fé e o arrependimento não tem a pretensão de ser uma revelação do secreto conselho de Deus, ou, mais especificamente, do Seu objetivo ao dar Cristo como expiação pelo pecado. É simplesmente a promessa de salvação a todos os que aceitam Cristo pela fé. (2) Esta oferta, ao mesmo tempo que é universal, é sempre condicionada por uma fé e um arrependimento que só podem ser produzidos no coração do homem pela operação do Espírito Santo. (3) A oferta universal da salvação não consiste da declaração de que Cristo fez expiação a favor de quantos ouvem o Evangelho, e de que Deus realmente intenta salvar cada um deles. Consiste de (a) uma exposição da obra expiatória de Cristo como sendo em si mesma suficiente para a redenção de todos os homens; (b) uma descrição da real natureza do arrependimento e da fé requeridos para vir a Cristo; e (c) uma declaração de cada pessoa que venha a Cristo com verdadeiro arrependimento e fé obterá as bênçãos da salvação. (4) Não é dever do pregador harmonizar o secreto conselho de Deus quanto à redenção dos pecadores com a Sua vontade declarativa nos termos da oferta do Senhor com a pregação do Evangelho a todos os homens, indiscriminadamente. (5) Diz o dr. Shedd: “O oferecimento universal dos benefícios da expiação de Cristo flui da vontade complacente de Deus, Ez 33.11. ...Deus pode, de maneira própria e justa, instar com os não eleitos a fazerem uma coisa que agrada a Deus, simplesmente porque Lhe agrada. O desejo divino não é alterado pelo decreto divino da preterição”. Ele cita ainda uma declaração muito parecida de Turrentino. (6) A oferta universal da salvação atende ao propósito de pôr às claras a aversão e a obstinação do homem em sua oposição ao Evangelho, e de remover todo vestígio de escusa. Se não fosse feita, os pecadores poderiam dizer que alegremente aceitariam a dádiva de Deus, se tão somente lhes fosse oferecida.
5. O ALCANCE MAIS AMPLO DA EXPIAÇÃO. Pode-se levantar a questão sobre se a expiação feita por Cristo para a salvação dos eleitos, e somente dos eleitos, tem algum alcance mais amplo. Discute-se freqüentemente na teologia escocesa a questão sobre se Cristo não morreu nalgum outro sentido que o salvífico também para os não eleitos. Esta questão foi discutida por vários teólogos mais antigos, como Rutherford, Brown, Durham e Dickson, mas alguns a responderam negativamente. “Eles defendiam, na verdade”, diz Walker, “a suficiência intrínseca da morte de Cristo para salvar o mundo, ou dos mundos; mas que isso nada tem que ver com o propósito de Cristo, ou com a realização de Cristo. A frase que diz que Cristo morreu suficientemente por todos não foi aprovada, porque o “por” parecia implicar alguma realidade da substituição de fato”. Durham negava que se possa dizer que alguma misericórdia concedida aos réprobos e desfrutada por eles possa ser o fruto próprio da morte de Cristo ou a aquisição feita por esta; mas, ao mesmo tempo, sustentava que certas conseqüências da morte de Cristo, de natureza proveitosa, devem alcançar os ímpios, embora seja duvidoso se estas podem ser consideradas como uma bênção para eles. Esta foi também a posição tomada por Rutherford e Gillespie. Os “homens-marrow” da Escócia (já mencionados na seção A deste capítulo), conquanto afirmassem que Cristo morreu com o propósito de salvar somente os eleitos, concluíram, da oferta universal da salvação, que a obra realizada por Cristo também teve um alcance mais amplo e que, para usar as suas próprias palavras, “Deus, o pai, levado por nada mais que o Seu livre amor pela humanidade perdida, fez um ato de doação e de concessão do Seu Filho Jesus Cristo a todos os homens”. Segundo eles, todos os pecadores são legatários constantes do testamento de Cristo, não, na verdade, na essência, mas na administração da aliança da graça, porém o testamento só se efetiva no caso dos eleitos. Sua posição foi condenada pela Igreja da Escócia. Vários teólogos reformados (calvinistas) sustentavam que, apesar de Cristo ter sofrido e morrido somente com o propósito de salvar os eleitos, muitos benefícios da cruz de Cristo – e isso também de acordo com o plano de Deus – são realmente acrescentados ao benefício que gozam aqueles que não aceitam a Cristo pela fé. Acreditam eles que as bênçãos da graça comum também resultam da obra expiatória de Cristo.
Parece decorrer de Ef 1.10 e Cl 1.20 que a obra expiatória de Cristo teve também significação para o mundo angélico. As coisas da terra e as do céu se juntam em Cristo como Cabeça (anakephalaiosasthai), Ef 1.10, são reconciliados com Deus por meio do sangue da cruz, Cl 1.20. Kuyper afirma que o mundo angélico, que perdeu seu chefe ou cabeça quando Satanás caiu, é reorganizado sob Cristo como Cabeça. Isto reconciliaria ou uniria o mundo angélico ao mundo da humanidade sob um só Cabeça. Naturalmente, Cristo não é a cabeça dos anjos no sentido orgânico em que é a cabeça da igreja. Finalmente, a obra expiatória de Cristo resultará também num novo céu e numa nova terra em que habita a justiça, habitação própria para a nova e glorificada humanidade, e na gloriosa liberdade da qual a criação inferior também participará, Rm 8.19-22.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
A Vinda de Cristo Sobre as Nuvens
Na atualidade tenho visto muita coisa sendo escrita e falada sobre a volta de cristo relatada em Mateus 24, mas poucas são de real relevância. A fim de ajudar a muitos que muitas vezes não tem acesso a bons ensinamentos sobre escatologia dedicarei algumas postagens a esse tema. Vamos começar falando sobre a Vinda de Cristo, apresentada em Mateus 24: 30:
“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”.
A primeira vista esse parece ser um texto de fácil interpretação, mas ao analisarmos algumas das palavras de Cristo notaremos que esse trecho não é tão simples. Vejamos o seguinte texto:
“Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam”. (Mateus 24:34)
Pouco depois de Jesus fazer várias profecias, ele apresenta aproximadamente a época que estas acontecerão, pois como sabemos Jesus não falou aos apóstolos qual seria exatamente a hora em que Cristo viria - “Mas daquele dia e hora ninguém sabe”. No entanto, nasce um grandioso problema, o de que a palavra de Cristo não se realizou! Alguns tentam fugir deste problema alegando que Cristo dizia “todas estas coisas” se referindo aos acontecimentos contidos apenas até o versículo 28. Dando algumas justificativas para defender esta idéia, as quais, não considero importantes para serem apresentadas aqui neste momento. A questão é que esse problema se agrava quando analisamos outros textos similares sobre a Vinda de Cristo. Vejamos esses textos:
“Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu”. (Mateus 16
“Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras. Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino”. (Mateus 16:27-28)
Tais textos nos mostram que Jesus estava convicto, de que, alguns dos seus ouvintes O veriam vindo sobre as nuvens. Mas ao mesmo tempo é totalmente blasfemo dizermos que Ele se equivocou. Então qual a solução deste problema? A solução é conhecida como preterismo parcial, defendida por muitos teólogos reformados, como Sproul e Gill, a de que todas estas profecias se cumpriram. Segundo MF Blume:
“Muitas, muitas vezes Deus usou a noção de estar nas nuvens quando Ele indicou que viria em julgamento contra um povo. E esta não é uma interpretação mística da Escritura relacionada com feitiçaria ou gnosticismo. Tivéssemos olhado para outro lugar além da própria Bíblia, a fim de encontrar essas referências, então isso poderia ser dito ser “místico”. Contudo, estamos olhando para o restante da Bíblia a fim de permitir que a Bíblia interprete a si mesma!”
Sendo assim olhemos um dos muitos textos. O texto se refere a Davi:
Estando em angústia, invoquei ao SENHOR, e a meu Deus clamei; do seu templo ouviu ele a minha voz, e o meu clamor chegou aos seus ouvidos. Então se abalou e tremeu a terra, os fundamentos dos céus se moveram e abalaram, porque ele se irou. Subiu fumaça de suas narinas, e da sua boca um fogo devorador; carvões se incenderam dele. E abaixou os céus, e desceu; e uma escuridão havia debaixo de seus pés. E subiu sobre um querubim, e voou; e foi visto sobre as asas do vento. E por tendas pós as trevas ao redor de si; ajuntamento de águas, nuvens dos céus. Pelo resplendor da sua presença brasas de fogo se acenderam. Trovejou desde os céus o SENHOR; e o Altíssimo fez soar a sua voz. (2 Samuel 22:7-14)
Nota-se a clara semelhança com Mateus 24, assim como muitos outros textos que apresentarei em outras postagens. Nota-se também que Davi não diz que estas coisas um dia acontecerão, mas que já aconteceram como podemos ver no versículo 18:
“Livrou-me do meu poderoso inimigo, e daqueles que me tinham ódio, porque eram mais fortes do que eu.”
Assim o acontecimento da profecia de Jesus deve ter ocorrido em algum momento naquela geração, sendo um derramamento de ira. E é isto que argumentam os preteristas, dizendo ser esta a destruição de Jerusalém em 70 d.C.. Essa ira, como podemos notar no seguinte texto, deveria cair sobre Jerusalém naquela geração:
“Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno? Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade; Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar. Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração. Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste! Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta;” (Mateus 23:33-38)
Portanto, visto a coerência do preterismo parcial, continuarei em outras postagens a dissertar sobre este tema, para não deixar nenhuma dúvida sobre a vinda de Cristo para julgar Israel.
Obs.: O termo “preterismo parcial” vem da crença de que nem todas as profecias encontradas no Novo Testamento já foram cumpridas. Já que Cristo afirmou claramente que voltaria para nos buscar:
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” (João 14:1-3)
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